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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

3 - A MULTIPLICAÇÃO DA GRAÇA - SÉRIE: 70 X 7 A MATEMÁTICA DO PERDÃO



3 - A MULTIPLICAÇÃO DA GRAÇA

INTRODUÇÃO: Nós já aprendemos nas mensagens anteriores que o perdão é “Só Para os Fortes” e na semana passada estudamos “A Adição da Culpa”, ou seja, é preciso ser forte para perdoar e também é necessário pedir perdão e ser perdoado para perdoar.
O perdão e a salvação que recebemos é o resultado da graça divina, não é baseada em méritos. 
A dinâmica do “assim como nós” da oração do Pai Nosso, mais uma vez se aplica aqui. Assim como recebemos a graça, precisamos também oferecê-la a quem nos ofender.

Texto Bíblico: Mateus 18:21,22
Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? "
Jesus respondeu: "Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete.
PORQUE MULTIPLICAR A GRAÇA? A MISERICÓRDIA E A GRAÇA DE DEUS SÃO TÃO GRANDES QUE NÃO PODEM SER MEDIDAS. POR ISSO DEVEMOS PERDOAR BASEADOS NESSE PADRÃO.

1 – NÃO OLHE O TAMANHO DA OFENSA
“E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;” (Mateus 18.24)
Ao responder a Pedro que deveria perdoar 70 x 7, Jesus percebe que ele não tinha entendido a mensagem e por isso conta uma história. O Rei não olhou o tamanho da dívida ao perdoar o seu servo. 
O primeiro servo devia 10.000 talentos a seu senhor; um talento equivaleria a 560 dólares, portanto 10.000 talentos eram 5.600.000 dólares. É uma dívida incrível. Era superior ao orçamento total da província inteira. Este orçamento, que correspondia a Iduméia, Judéia e Samaria somava só 600 talentos; o ingresso total de uma província rica como Galiléia, só chegava a 300 talentos.
Deus também não olhou o tamanho da nossa dívida, nem a nossa condição que era a de mortos. Nós nascemos com uma natureza que nos separa de Deus e nos impede de chegar a Deus. Essa é a condição em que estávamos quando Deus nos procurou com o seu grande amor. Veja: 
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” (Efésios 2:1-3)

Qual era a nossa condição? Estávamos:
  • MORTOS (V. 1)

a) A expressão de Paulo não é uma figura de linguagem, mas o estado espiritual real daqueles que se encontram em estado de indiferença com Deus por causa do pecado, “o salário do pecado é a morte...” (Rm 6. 23a)
NOSSA VIDA É O RESULTADO DE UMA ENERGIA RESIDUAL
  • ESCRAVIZADOS (V. 2-3A)

A) DO “CURSO DESTE MUNDO” – o sistema corrompido pelo pecado nos prendia, com suas idéias e filosofias, o tipo de vida que o mundo exigia de nós, nós vivíamos.


B) “DO PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR” -  Satanás que atua como “pai da mentira” conduzia-nos ao pecado cegando o nosso entendimento como Paulo diz em 2Co 4. 4; “os quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da gloria de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”     


C) DA “VONTADE DA CARNE E DOS PENSAMENTOS”– longe de Deus o que regia a minha vida era eu mesmo, e tudo que fazia não correspondia as exigências de Deus, para uma vida de santidade.
  • CONDENADOS (V. 3B).

a) A ira de Deus significa hostilidade pessoal, reta e constante de Deus contra o mal, a santidade de Deus condena o pecado. 

ILUSTRAÇÃO: No dia 7 de dezembro de 1941 Mitsuo Fuchida comandou o ataque à frota americana no Porto Pearl Harbour. Jack DeShaze se dispôs a vingar. Foi preso em Tóquio. Torturado. Converteu-se. Voltou aos Estados Unidos. Preparou-se e voltou para o Japão como missionário. Escreveu um folheto com o título: “Eu era um Prisioneiro no Japão.” Encontrou Fuchida e o evangelizou. Ambos pregaram em praça pública no Japão. O poder do perdão que reconcilia.


2 – A GRAÇA SUPERA O NÚMERO DE FALTAS
“Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe". (Lucas 17:4)
 “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;” 
(Romanos 5.20)
Quando Deus nos perdoa, Ele não leva em conta o número de vezes que falhamos, nem a intensidade das faltas que cometemos. Sua graça e seu perdão anulam até mesmo uma “multidão de pecados”. Quanto maior for a falta, maior deverá ser a graça
  • DÍVIDA DE AMOR – Transforme as ofensas e faltas em dívidas de amor. A MULHER PECADORA - “mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.” (Lucas 7:47b)
  • LIGADO NOS CÉUS – A nossa falta de perdão repercute nos céus. “e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mateus 16:19)
  • AMONTOE BRASAS VIVAS“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.” (Romanos 12:20) 
  • “Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos.” (1 Tessalonicenses 5.15)

ILUSTRAÇÃO: Os miseráveis é uma das principais obras escritas pelo francês Victor Hugo no século XIX. Narra à situação política e social francesa no período da Insurreição Democrática em 5 de junho de 1832 através da história de Jean Valjean.
Livre há quatro dias, Jean Valjean não encontrava quem o acolhesse devido ao seu passado. Sua fama o prejudicava. Cansado, com frio e faminto, precisava descansar, Valjean procurou um albergue, mas foi algo em vão. Desesperado, alguém lhe indicou a casa do bispo da cidade, D. Bienvenu. 
Quando bateu na porta da casa do bispo, Jean Valjean não escondeu sua vida pregressa. Mesmo assim, o bispo o convidou para dividir a ceia e ainda lhe forneceu bons lençóis para a noite de sono. O ex-presidiário, entretanto, ainda padecia os efeitos de uma vida marcada pelo estigma do crime.
Valjean então resolveu fugir da casa do bispo pela madrugada, roubando os talheres de prata. Contudo, não conseguiu ir muito longe. Logo os guardas o pegaram, reconheceram as insígnias do bispo na prataria e o conduziram até a casa que lhe acolhera para ser reconhecido antes de ser devolvido ao cárcere.
Surpreendentemente, D. Bienvenu não só o perdoou como o liberou. Tratou-o com deferência e lhe fez uma pergunta desconcertante: “Estimo tornar a vê-lo. Mas eu não lhe dei também os castiçais? São de prata como os talheres e poderão render-lhe bem duzentos francos. Por que não os levou também”?
O perdão e o amor gratuito de D. Bienvenu impactou Valjean de tal maneira que sua vida mudou para sempre. O bispo o livrara da acusação da lei, mas o tornava, daí em diante, escravo da bondade. A gentileza, ou a graça, esmagou Jean Valjean. Ele nunca mais foi o mesmo. Ao liberá-lo, o bispo o fez servo de um gesto de grandeza.
A graça de Deus não é uma doutrina teológica para ser arquivada. É a mais prática e a mais bela verdade em toda a Palavra de Deus. Ela deve estar no cerne de sua experiência diária com Deus.

3 – PRATIQUE A MISERICÓRDIA
“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:32)
Uma vez alcançados pela graça salvadora de Cristo, temos as condições e os meios para também exercer misericórdia e conceder o perdão.
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou”. (Colossenses 3:13)

FRASE: Hernandes Dias Lopes, da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, autor de diversas obras, entre elas "Perdão - A Cura das Emoções", destaca que perdão é uma questão de sobrevivência. "Não há como um ser humano ter uma vida saudável sem que perdoe",

CONCLUSÃO:
  • Quem não perdoa não tem paz – NAS MÃOS DOS VERDUGOS (Mt 18:34)
  • Quem não perdoa acaba desenvolvendo um câncer na alma – raízes de amargura, raízes de rejeição, pessoas mal resolvidas, coração cheio de entulho (Ef 4:31,32)
  • Quem não perdoa se coloca debaixo da ira de Deus - atormentadores (Mt 18:34)
  • Quem não perdoa destrói a ponte que um dia precisará usar para atravessar do outro lado – “assim como nós”, via de mão dupla (Mt 6:12)
  • Quem não perdoa dá legalidade para satanás agir em sua vida – não se ponha o sol ..., NÃO DEIS LUGAR AO DIABO(Ef 4:27)



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