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sexta-feira, 7 de julho de 2017

SÉRIE 1 PEDRO: 3 – O ESTILO DE VIDA DOS SALVOS EM JESUS


 3 – O ESTILO DE VIDA DOS SALVOS EM JESUS
(01-03-2017)
Introdução: 
Deus nos salvou para uma vida de santidade. Salvou-nos do pecado e não no pecado, salvou-nos das paixões e da futilidade da vida, e não para vivermos outra vez nessas práticas. Aqueles que têm um encontro co Deus receberam uma nova vida e devem viver em novidade de vida. O apóstolo Pedro relaciona salvação e santidade. Após o louvor a Deus pelas bênção da salvação, Pedro volta sua atenção para as implicações da salvação. Em virtude do que Deus fez por nós, devemos viver de modo digno da nossa vocação. Somente é possível desafiar pessoas para uma conduta consagrada se elas já nasceram antes. 

Texto Bíblico: 1 Pedro 1:13-25
13. Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para a ação; sejam sóbrios e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado.
14. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância.
15. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem,
16. pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".
17. Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês.
18. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados,
19. mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito,
20. conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.
21. Por meio dele vocês crêem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus.
22. Agora que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração.
23. Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente.
24. Pois, "toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor,
25. mas a palavra do Senhor permanece para sempre". Essa é a palavra que lhes foi anunciada.

1 – OS SALVOS DEVEM VIVER EM SANTIDADE

“Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para a ação; sejam sóbrios e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo". (1 Pedro 1.13-16)
O apóstolo Pedro conecta a salvação com a santidade no versículo 13, quando inicia o parágrafo: Por isso... Em virtude do que Deus fez por nós, devemos viver de modo digno dessa salvação. A dádiva graciosa da salvação em Cristo deve levar-nos a uma conduta ajustada e compatível. A doutrina desemboca na ética. A teologia produz vida.
No propósito de perseguirmos a santidade, três verdades devem ser observadas.


1º - A PREPARAÇÃO PARA A SANTIDADE (1.13). A santificação é um processo que começa na conversão e termina na glorificação. Nessa jornada, três atitudes precisam ser tomadas:
PREPARE SUA MENTE. Por isso, cingindo o vosso entendimento... (1.13a). Nós somos facilmente prejudicados no trabalho e na vida por “ideias esvoaçantes”. O que Pedro está dizendo é: Não permita que qualquer coisa atrapalhe seu entendimento.
“Cingir o entendimento” significa, então, “pensar em algo e tirar as conclusões apropriadas”. Em outras palavras, “tendo em mente o que foi dito, tirem as implicações para a vida”. Quem busca a santificação não pode dispersar-se com muitas preocupações e devaneios. Sua mente precisa ser firme na Palavra de Deus, para compreender os preceitos divinos. 
REFLEXÃO: todo salvo precisa fazer de tempo em tempo parar para refletir sobre os acontecimentos ao seu redor.

SEJAM SÓBRIOS. ... sede sóbrios... (1.13b). Essa exortação foi repetida três vezes nesta epístola (1.13; 4.7; 5.8). A palavra grega nefontes significa domínio próprio, especialmente com relação à bebida alcoólica. E uma exortação dirigida contra qualquer embriaguez por álcool ou de modo geral contra qualquer tipo de êxtase dos sentidos. Ser sóbrio é estar no pleno domínio de sua capacidade racional. Aqueles que se entregam à embriaguez não têm a mente disposta para Deus. Também significa ser calmo, estável, controlado; ponderar as coisas. 

COLOQUEM TODA A ESPERANÇA NA GRAÇA. ... e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo (1.13c). Diante das perseguições e dos sofrimentos pelos quais os cristãos estavam passando, Pedro os encoraja a olharem para frente, para a recompensa futura, para a segunda vinda de Cristo, para a glória que os aguardava, a plenitude sua salvação. O salvo olha para o passado e contempla a cruz, onde seus pecados foram cancelados. Olha para o futuro e contempla a graça que está sendo preparada para a segunda vinda de Cristo. Na cruz fomos justificados; na segunda vinda seremos glorificados. Entre a cruz e a coroa, entre o sofrimento do Calvário e a glória da parousia, devemos esticar o pescoço e ficar na ponta dos pés esperando inteiramente na graça que nos está sendo trazida na segunda vinda de Cristo.
Warren Wiersbe diz que o cristão vive no tempo futuro; suas ações e decisões no presente são governadas por essa esperança futura. Quando as circunstâncias ao nosso redor estiverem sombrias e tenebrosas, devemos olhar para o alto, pois as estrelas só aparecem quando está escuro. É precisamente porque o cristão vive na esperança que consegue suportar as provas e os sofrimentos desta vida, pois sabe que caminha para a glória.

2º O PERIGO À SANTIDADE. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. (1.14). Aqui temos uma advertência. Fomos salvos para a obediência, por isso os salvos são filhos obedientes. Como os filhos herdam a natureza dos pais, precisamos viver em santidade, pois nosso Pai é santo.
Como filhos obedientes, não podemos retroceder nem cair nas mesmas práticas indecentes que marcavam nossa conduta quando vivíamos prisioneiros do pecado. Naquele tempo, os desejos e as paixões constituíam o esquema determinante da nossa vida e a nossa norma de conduta. É incoerente, incompatível e inconcebível um salvo amoldar-se às paixões de sua velha vida. O salvo é nova criatura. Tem uma nova mente, um novo coração, uma nova vida.
A vida no pecado é marcada pela ignorância. Mesmo aqueles que vivem untados pelo refinado conhecimento filosófico ainda estão imersos num caudal de ignorância (At 17.30).
“Não vos amoldeis” significa uma exortação a não entrar no esquema. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe (Rm 12.2). Os cristãos são chamados a “mudar de esquema”, a assumir o esquema de Deus. A nova vida em Cristo, transformando a pessoa por dentro, deve traduzir- -se em novas expressões concretas de vida.

3º - O IMPERATIVO DA SANTIDADE. Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (1.15,16). Aqui temos uma exortação e uma confirmação. Três verdades são aqui destacadas:

1. A santidade é imperativa porque o Deus que nos chama é santo. O termo grego hagios referente a Deus traz a ideia de “separado”. Fala sobre a singularidade divina em relação a todo o resto, a sua distinção como Aquele que é totalmente outro. Também expressa sua perfeição moral.98 Deus nos chama para sermos seus filhos e refletirmos seu caráter. Não fomos destinados apenas para a glória, mas para sermos semelhantes ao Rei da glória. Fomos chamados para sermos coparticipantes da natureza divina.

2. A santidade é imperativa porque precisa abranger todas as áreas da nossa vida. Nenhum aspecto da nossa vida está excluído desse imperativo divino. Todo o nosso procedimento deve resplandecer o caráter de Deus, a santidade daquele que nos chamou do pecado para a salvação. Tornar-se santo inclui ambas as noções sobre santidade: o elemento de separação, em distinção ao profano, e o elemento ético ou moral."

3. A santidade é imperativa porque é uma clara exigência das Escrituras. Pedro citou Levítico 11.44 para sustentar seu argumento: “Sereis santos, porque eu sou santo”. Mueller diz que o apelo à palavra de Deus serve para ratificar com autoridade o que foi dito.100 Pedro não baseia sua exortação em seus próprios pensamentos, mas na palavra de Deus. Concordo com Warren Wiersbe quando diz que a Palavra revela a mente de Deus, de modo que devemos aprendê-la; revela o coração de Deus, de modo que devemos amá-la; e revela a vontade de Deus, de modo que devemos obedecê-la. O ser como um todo - a mente, o coração e a volição — precisa ser controlado pela Palavra de Deus.

2 - OS SALVOS DEVEM VIVER COM REVERÊNCIA

“Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver (...)mas pelo precioso sangue de Cristo, (...) conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. ” (1 Pedro 1.17-20)
O apóstolo Pedro passa da santidade dos salvos para a reverência que eles devem prestar a Deus, a segunda marca dos que receberam a salvação. Deus é Pai, mas também Juiz. Somos filhos da obediência, porém isso não nos dá imunidade para vivermos desatentamente. Deus não é condescendente nem mesmo com os pecados de seus filhos. Vamos comparecer perante o tribunal de Deus para prestarmos conta da nossa vida. Seremos julgados segundo as nossas obras. Intimidade não anula responsabilidade. O mesmo Deus que firmou conosco relação tão íntima é também o Juiz, o Deus julgador da história.
A reverência a Deus deve ser observada por três razões.

1º - O JULGAMENTO DE DEUS. 
  1. O Juiz. O Deus que julga é o mesmo a quem invocamos como Pai
  2. O caráter do Juiz. Deus não faz acepção de pessoas. Seu julgamento é imparcial. 
  3. O critério do julgamento. Deus julga a cada um segundo as suas obras.
  4. As implicações do julgamento. Tendo em vista que seremos julgados, precisamos portar-nos com temor durante nossa peregrinação no mundo.


2º - A REDENÇÃO DE CRISTO (1.18-20). 
Algumas verdades devem ser aqui destacadas:

1. O preço do resgate (1.18a). Pedro fala sobre do preço da redenção primeiro de forma negativa e depois de forma positiva. 
Negativamente, não fomos resgatados mediante coisas corruptíveis como prata e ouro, os mais importantes meios de pagamento na época. Embora esses metais sejam nobres e duráveis, desgastam-se com o tempo e corrompem-se. Podem ser úteis no comércio, mas são inúteis para o resgate espiritual. Sao insignificantes para nos libertarem da antiga vida e possibilitar a nova. Nem todo o ouro da terra seria suficiente para nos resgatar do pecado e da morte. Estávamos na casa do valente, no império das trevas, na potestade de Satanás. Fomos arrancados da prisão do pecado, da escravidão do diabo e do terror da morte.
O sangue de Jesus é o fundamento da minha e da sua salvação. A sua salvação depende do sangue de Jesus. Se você não estiver debaixo do sangue de Jesus, não há esperança. Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecado. Suas obras não são suficientes para levar você ao céu. 

Ilustração: SUA IGREJA NÃO PODE LEVAR VOCÊ AO CÉU. Fora do sangue do Cordeiro de Deus, ninguém pode entrar no céu. 
O grande avivalista João Wesley sonhou que foi ao inferno e perguntou: Há metodistas aqui? Sim, muitos! Há presbiterianos? Sim, muitos! Há católicos? Sim, muitos! 
Sonhou também que foi ao céu. E perguntou: Há metodistas aqui? Não! Há presbiterianos? Não! Há católicos? Não! Aqui só há aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro!

2. A condição dos resgatados (1.18b). Fomos resgatados do fútil procedimento que nossos pais nos legaram. 

3. O sacrifício do resgatador (1.19). Pedro não apenas lembra a seus leitores quem eles eram como também lhes traz à memória o que Cristo fez. 

4. O plano eterno da redenção (1.20a). Jesus Cristo é o eterno propósito de Deus. Antes da fundação do mundo, ele já foi predestinado para a obra da redenção. Pedro deixa claro que a morte de Cristo não foi um acidente, mas o cumprimento de um plano, pois Deus a determinou antes da fundação do mundo

5. A manifestação do resgatador (1.20b). O Filho de Deus manifestou-se no fim dos tempos. Ele inaugurou esse tempo do fim em sua encarnação e consumará esse tempo em sua segunda vinda.

6. O motivo da redenção (1.20c). Cristo veio ao mundo como Cordeiro substituto por amor de nós. Deus nos amou e não poupou o próprio Filho, antes por todos nós o entregou. Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Deus nos amou não por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. Éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos.

3º - A FÉ EM DEUS. Que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus (1.21). Deus não é uma entidade, um ser abstrato e indefinido, mas aquele que atua com poder na história, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos (1.3) e lhe deu glória (1.11).113 Temos, por isso, motivos sobejos para ' depositarmos nossa confiança em Deus. A fé em Deus vem por meio de Cristo. Deus o ressuscitou e lhe deu glória, confirmando e aprovando sua obra redentora. A obra vitoriosa de Cristo nos dá confiança para colocarmos nossa fé em Deus com total e segura confiança. William Barclay afirmar que, por sua morte, Jesus nos emancipou do pecado e da morte; porém, por ressurreição, nos deu uma vida que é tão gloriosa e indestrutível como a sua própria vida. Por sua triunfante ressurreição, temos fé e esperança em Deus (1.21).

3 - OS SALVOS DEVEM VIVER EM AMOR 

“Agora que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração. Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois, "toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre". Essa é a palavra que lhes foi anunciada.” (1 Pedro 1.22-25)
A terceira marca do salvos é o amor. Pedro nos dá duas razões eloquentes para a prática do amor. Por que devemos amar nossos irmãos ardentemente com amor fraternal?

1º - PORQUE FOMOS PURIFICADOS. Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos de coração, uns aos outros ardentemente (1.22). Os salvos foram não apenas redimidos da escravidão, mas também purificados pela obediência à verdade. A verdade nos banha, nos limpa e nos purifica. O propósito real da nova vida em Cristo é o amor fraternal. A palavra grega filadelphia representa o amor entre irmãos; os outros membros da igreja são assim incluídos “dentro da família”, tornando-se irmãos no sentido próprio do termo. O amor é a marca distintiva do cristão, o apanágio do crente, a prova insofismável do discipulado, a apologética final (Jo 13.34,35).

2º - PORQUE FOMOS REGENERADOS. Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e épermanente (1.23). Se temos uma nova vida, temos uma nova natureza. Se somos coparticipantes da natureza divina e Deus é amor, então expressamos essa filiação quando imitamos nosso Pai. O amor é a marca do cristão, pois é a evidência mais eloquente da nossa salvação. Fomos gerados pela palavra. Antes de uma semente brotar, ela morre, mas a palavra de Deus não tem em si a inclinação da morte. Ela é viva e vive. E permanente e conserva-se para sempre.

3º - PORQUE NOSSA VIDA É PASSAGEIRA. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, é cai a sua flor (1.24). Toda a raça humana está carimbada pela transitoriedade da vida. A humanidade está destinada à morte. Nossa vida aqui é passageira. Nossas glórias aqui são desvanecentes. O melhor da nossa beleza ou do nosso poder é tão vulnerável quanto a flor e tão perecível quanto a relva. O homem besuntado de orgulho imagina-se grande e poderoso, por sua força, beleza, cultura e ciência. No entanto, apesar de tudo isso, não passa de carne. Sua beleza é efêmera como a flor, e seu poder, fugaz como a relva que se seca.

4º - PORQUE A PALAVRA DE DEUS É PERMANENTE. A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente (1.25a). A profecia de Isaías citada por Pedro gira em torno da natureza perecível de toda a carne, em contraste com a natureza imperecível da Palavra de Deus. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada (1.25b). E a palavra que não pode falhar, a palavra eterna, que nos orienta amar os irmãos ardentemente, de todo o coração. Essa palavra é sempre viva, atual e oportuna. Cabe-nos obedecer a ela sem detença e sem tardança.


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Esta série de mensagens tem como principal fonte de pesquisa o Livro Comentário Expositivo de 1 Pedro de autoria do Rev. Hernandes Dias Lopes publicado pela editora Hagnos


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